Agora ficou tudo entalado: PS, PSD, CDS, credores, comissão europeia, JP Morgan… Após o magnânimo ultimato da Comissão Europeia, seguido do diletante ensaio de Ciência Política do JP Morgan — quiçá redigido em estado alterado de consciência — surge a decisão de Cavaco Silva.
Para um americano ou um norte-europeu, as palavras do presidente são incompreensíveis em tudo excepto na marcação de eleições para Junho de 2014. A rapaziada estrangeira vai espernear com o sufrágio popular que, mal falhem as negociações para o governo de bloco central, sobrará como um condicionalismo à negociação do pós-2014. Suspeito que os cientistas políticos do JP Morgan e os comissários de Bruxelas não hão-de ter descanso, nos próximos tempos…